quinta-feira, 23 de abril de 2015

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Culpando a família

Percebo em minha prática, muitas pessoas responsabilizando outras pessoas pelos problemas e acontecimentos indesejáveis, principalmente os pais.
Se você é uma delas não deixe de ler esse texto. Pode ser o primeiro passo para a grande mudança na sua vida.

A culpa é a maneira mais eficaz de se permanecer DENTRO do problema. Quando culpabilizamos alguém estamos abrindo mão do nosso poder. Muitos de nós segue os mesmos pensamentos e crenças que nossos pais costumavam ter. Não precisamos ficar fixos a essas crenças. O que você acredita, torna-se verdade para você. Não há uma lei que diga que você precise permanecer acreditando em algo só porque acreditou em um dia.

O passado não pode ser mudado, mas o seu futuro é moldado pelo seu pensamento presente. Quando acreditamos que nossos pais estão fazendo o melhor que podem e o que conseguem fazer, nós aceitamos. Paramos de criticar.  

Reflita: Se você esteve se criticando e criticando sua família por todos esses anos e não deu certo. Tente se aprovar e aceitar e veja o que acontece.

Segundo Louise L. Hay, amar e aprovar a si mesmo, cria um espaço de segurança, confiança, resultando em relacionamentos mais amorosos, menos doenças, e melhor vida profissional.

Nossos pais fizeram o melhor que podiam com o que lhes foram ensinado quando ainda eram crianças. Se está com dificuldades de aceitar isso, sugiro um exercício: Convide eles para contarem um pouco da história deles, de como foi a infância, de como era a relação com os próprios pais, quais dificuldades passaram.

Ninguém está estagnado, seu ponto de partida é agora.  É no aqui e agora que ocorre as mudanças. Primeiro tome a decisão de ESTAR DISPOSTO A MUDAR.
Entendo perfeitamente, que mudar um padrão de pensamento pode ser muito difícil, mas com determinação e ajuda de um profissional pode ser menos árduo.

Finalizo, esse texto, com a frase de Louise Hay:
" Se somos todos 100 por cento responsáveis
por tudo o que existe em nossas vidas,
não temos a quem culpar."






LADICO (2015)

Texto inspirado no livro "Você pode curar sua vida"

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A importância da concepção consciente

   Você já parou pra imaginar que a maioria das gestações não são planejadas, isso significa que grande parte destas o casal não queria engravidar e não estava preparado para uma mudança tão grande na vida?
    Não planejar uma gestação, não significa rejeitá-la. Você pode se adaptar, se organizar e amar esse novo ser dentro de você. Mas quando estamos dispostos a enfrentar os desafios que vêm com essa gestação, nosso processo pode ser bem mais tranquilo.
    Resolvi escrever este texto para darmos luz à concepção, a importância de ter os cuidados antes mesmo de gerar um ser, antes de sabermos que estamos grávidas. A formação de um ser humano começa antes de sua própria formação física. Começa com a formação de seus pais.


   Laura Upllinger, Educadora Perinatal e Psicóloga, fala da importância da concepção para gerar um ser. Segunda ela, para gerarmos um ser humano precisamos:

  1. Estar dispostos
  2. Oferecer o próprio corpo para outra pessoa
  3. Planejar mas não prever (Entregar pra Vida, pro Universo, Deus)
  4. Hábitos de vida/ Alimentação
     Querer engravidar implica estar com o corpo e a alma disposto a receber um novo ser. Uma mulher oferece toda sua energia vital para esse bebê, compartilha de sua alimentação, emoção, pensamentos. Podemos planejar uma gestação, por exemplo, quando queremos receber essa criança, qual melhor momento, nos organizamos, mas não podemos prever. Prever implica em controle, em que tudo tem que sair na hora certa, do jeito certo, no melhor mês. Não temos dimensão desse controle. Quando deixamos a natureza agir e estamos dispostos para que o Universo haja da melhor forma, não ficamos estressados e frustrados quando essa gestação não chega.
    Ter uma boa alimentação é fundamental para qualquer ser humano, independente se estar gestando ou não. Homens e mulheres que se alimentam bem e tem hábitos de vida saudáveis, como praticar regularmente exercícios físicos, fazer o que gosta, não beber em excesso, não fumar e tanta outras coisas, ajudam a propiciar a concepção,pois o corpo possui memória. Ter todos os nutrientes em boas quantidades ajuda no desenvolvimento do feto e nas formações das células e sistemas.

     Antes de engravidar o casal deve se perguntar: Como estamos? É um casal que está harmonioso, que há amor, companheirismo? Ou é um casal que está em crise, pensando em separação, em traição? Que acredita que um filho irá unir esse casal?
     Ser concebido num ambiente harmonioso, cheio de amor, e prazer é poder ser bem recebido, é poder perceber o mundo como um lugar mais seguro e esperançoso. 


    O bebê muito antes das formações neurais e dos sistemas do corpo, é um SER SENCIENTE. Que isso?  Ser capaz de sentir sensações e sentimentos. O bebê é capaz de sentir o amor que seus pais têm por ele, como os prazeres, alegrias, tristezas e angustias da mãe. O bebê, no útero e após o nascimento, é mais sensível do que consciente. Não distingui se o que sente é da mãe ou dele, pois são apenas UM.

    A alegria é o oposto da adrenalina, do estresse. Alegria é a favor do crescimento, do desenvolvimento. Cuidar do bem estar da mãe nesse momento é fundamental para o desenvolvimento mental e físico desse novo ser humano.
Pode parecer difícil, mais imagine seu futuro filho, não como um bebê frágil, mas sim como um ser humano formado, que ajude a humanidade, que esteja em causas boas, em prol de bem e de outros seres humanos. Visualizar e mandar esse tipo de mensagem ajuda na formação e preparação das gerações futuras.
      
       É na gestação que começa o desenvolvimento da auto-estima, da confiança. Se mãe se sente segura, amada, capaz, o casal está curtindo esse momento, estão felizes e se adaptando aos desafios que vão surgindo está passando que tipo de mensagem de vida pra esse ser?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A importância de gritar no trabalho de parto

Uma crença muito comum que se acredita é que não é bom a mulher gritar na hora de dar a luz pois, gasta-se muita energia e não consegue fazer a força necessária. MITO. 

Os sons produzidos no trabalho de parto são muito importantes e possuem sua função. Impedir que a mulher se expresse e se cale é uma violência obstétrica. É verdade que existem sons que mais atrapalham que ajudam. A parturiente precisa ser orientada a usar a respiração e os seus músculos do diafragma a seu favor.

O grito agudo realizado predominantemente pela garganta, não ajuda na dilatação e expulsão do bebê pelo canal, muito pelo contrário este grito provoca o retraimento e fechamento do canal.

Então como gritar?? Deve-se usar os músculos do abdomem, produzindo um som grave. Este tipo de sons possui como consequência abrir o canal energético uma conexão da garganta com os músculos pélvicos. O grito é ligado à respiração, especificamente a expiração.

No momento da expulsão do bebê, a maioria das mulheres solta um grito semelhante, não de dor, mas de liberação ou libertação. É um grito similar ao de lutador de karatê, no momento do golpe (Kiai). KIAI ou grito de força é uma energia que emerge no baixo ventre, aproximadamente cinco centímetros abaixo do umbigo. A função do kiai é liberação de energia do nosso corpo, tudo a ver com o momento do parto.



Trabalho de parto não é só fazer força, ao contrário, é trabalhar os músculos do corpo, respiração e a mente. Parir é poder se sentir segura para o momento de transformação e (re)nascimento.

Procure uma doula para poder te orientar e responder suas dúvidas.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Estou grávida e agora?!?!

Se você colocar esse título no campo de pesquisa do Google irá encontrar inúmeros textos falando desse assunto. O primeiro texto que li já dizia na primeira linha "Você deve procurar o obstetra e iniciar seu pré- natal". A Sensação que eu tive foi a mesma quando descobrimos uma doença grave e precisamos procurar o médico urgente, como se tivesse um risco eminente de morte.

Receber uma notícia de gravidez mesmo desejada é ser invadida por uma ambiguidade de sentimentos e sensações. Ora se está feliz, ora com medo, ora esperançosa e ora angustiada. Mas o que fazer com todos esses sentimentos que nos emanam? A primeira atitude que se faz é ir no médico, com uma consulta de 15 minutos no máximo, em que a maioria dos médicos não irão responder suas dúvidas e muito menos ter a sensibilidade de te acolher e acalmar. Digo a maioria dos médicos, pois grande parte ainda estão à mercê de um sistema de saúde falido. 

Em seus primórdios, as sociedades humanas eram sociedades matriarcais, ou seja, era comandadas por mulheres, diferentemente da sociedade de hoje dominantemente patriarcal. Naquela época se exaltava as deusas-mães, pois se acreditava na ligação das mulheres com a divindade, porque elas eram as únicas na tribo ou comunidade que conseguiam gerar uma vida. Devido à essa crença, elas eram tratadas com imenso cuidado e carinho, pois gestar um ser era celebrar a vida.

Hoje infelizmente, a gestação se tornou um procedimento médico, cheio de exames e consultas. Não sou contra ir no médico e fazer o pré-natal, muito pelo contrário, o acompanhamento médico é de extrema importância. O que quero chamar a atenção é que o período gestacional  deixou de ser um momento do sagrado feminino. Em que a beleza e a força da mulher se mostrem cada vez mais. Ao invés disso, a mulher é tomada pelo medo e insegurança de que ela não sabe nada e de que é incapaz de cuidar de uma outra vida.

O medo nos invade porque, nós mesmas nos cobramos ser perfeitas como mulheres, profissionais, mães e donas de casa. Colocamos em nós a obrigação que temos que dar conta de tudo e quando engravidamos surge mais um dever. Relacionado a isso trago um trecho do texto de Laura Gutman:

 "...as mulheres estão distanciadas dos ciclos vitais naturais e de seus próprios ciclos femininos, que são pura expressão do seu contato com o universo. Apressadas e com os relógios interiores desajustados, não sabem quando ovulam, nem quando sangram, nem quando comem, nem quando sonham, Está na hora de derramar algumas gostas de consciência, pois o futuro da humanidade depende de nossas capacidades nutritivas."

Precisamos resgatar a feminilidade em nós, entenda feminilidade como sinônimo de força, delicadeza, empoderamento, auto-estima. Nossa sociedade, precisa deixar a gestante se sentir segura, confiante em seu ser. Gerar uma vida é renascer, você nunca será mais a mesma, só nós mulheres podemos nos transformar dessa maneira. 

Se você está grávida e está com medo, angústia, não se desespere. Procure ajuda, compartilhar a dor e os sentimentos com outras pessoas pode ajudar, converse com seus familiares, com amigas, com o médico, se tiver condições procure um(a) psicólogo(a) com um olhar voltado para a gestação ou uma doula que acompanhe pré-parto.

Para mais textos e informações acesse: www.lorenaladico.com.br







segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Não nascemos prontos...

Dizemos que as crianças e jovens de hoje não sabem se divertir ou se relacionarem. A maioria, não sabe mesmo, pois segundo o professor e filósofo contemporâneo Sergio Cortella "não nascemos prontos". Tudo que sabemos hoje fui fruto de aprendizado, observação, experiências, trocas... O que estamos ensinando? Como estamos fazendo isso?

Ensinamos os jovens a confundirem desejos com direitos. E nessa mesma onda confundimos satisfação desses desejos com amor e reconhecimento... "Eu só te amo, se você comprar esse tablet pra mim"...

Cortella em uma palestra, que segue o link abaixo, nos conta de um momento que estamos vivendo: "Despamonhalização da vida". Antigamente, principalmente na nossa cultura mineira fazer pamonha significava: conviver. Era um processo que acontecia nas fazendas e pequenas cidades,onde se reunia toda a família. Os homens iam buscar o milho nas plantações, retiravam a palha, as crianças tiravam os 'pelinhos', as mulheres ralavam, cozinhavam... No final da tarde, todos comiam.

Todo esse processo ajudava as crianças a entenderem que muitas coisas na vida levam um processo para ficarem prontas. Sérgio chama essa nova geração de 'Geração Miojo', que acredita que a comida fica pronta em 3 minutos ou mais fácil ainda, comida se compra.
Se hoje estamos achando as crianças sem valores, consumistas, sem limites... a responsabilidade é NOSSA. As crianças não nascem prontas. Precisamos ensinar as crianças a se relacionarem. Diante disso pergunto: Como vamos fazer isso se nós não sabemos nos relacionar?

Precisamos ficar atentos ao uso que fazemos da tecnologia. Não há nada de errado em aparelhos tecnológicos, eles facilitam nossa vida, torna as coisas mais práticas. O problema é quando ficamos reféns desses recursos. 
Se você têm mais de 20 anos deve se lembrar das maquinas fotográficas de filme, em que tínhamos que esperar todas as poses do filmes serem batidas para depois ir na loja e revelar, não batíamos qualquer tipo de foto, por exemplo foto do nosso almoço, selecionávamos os momentos que íamos bater a fotos. Isso tudo era um processo que requeria tempo. 
O uso desenfreado de tecnologia contribuí para a falta de paciência, para a falta de espera. Os valores que as crianças aprendem são os valores que ensinamos. Se não ensinarmos o processo das coisas, a desenvolverem paciência, a saberem esperar, elas nunca aprenderão. Pois, não nascemos prontos.

Texto inspirado na palestra de Sérgio Cortella, disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=89BMhivvRFE